No dia 13 de julho de 2009, Valdenir Benedetti deixou este mundo para viver entre as estrelas, talvez seu ambiente mais familiar. Porém aqui permanece imortalizado pela sua maneira de pensar e ensinar a astrologia. Muito amado por muitos, deixou uma marca indelével em seus alunos e em todos os astrólogos que com ele conviveram e que reconheceram nele um renovador da nossa arte de interpretar os céus. Como acontece a todos os que ousam transgredir, questionar e inovar, também teve lá seus desafetos, faz parte... Por sorte deixou inúmeros textos, alguns publicados outros não. Este blog foi criado para que todo o seu pensamento fosse acessível tanto aos que o conheceram quanto aos que, ao longo de seu aprendizado da Astrologia, com certeza dele ouvirão falar.



"Há pessoas que nos falam e nem escutamos, há pessoas que nos ferem e nem cicatrizes deixam, mas há pessoas que simplesmente aparecem em nossas vidase nos marcam para sempre."

Cecília Meireles







26.6.10

NORMOSE

Pierre Weil, autor de inúmeros livros de psicologia e fundador da Unipaz, e Jean Yives Leloup, patrono da Unipaz, afirmam que a doença do século (isso foi apresentado no século passado) é a Normose, geradora da maioria das doenças mentais e comportamentais. Vamos emprestar deles esse conceito e trabalhar um pouco com essa idéia.

A normose se constitui na angústia do homem contemporâneo em ser aceito por sua normalidade, e por causa dessa angustia surge a ansiedade, a neurose e uma série enorme de desequilíbrios psíquicos, muitas vezes gerando somatizações perversas e malignas. O escritor Paulo Coelho, em uma entrevista ao jornalista Boris Casoy, apresentou a seguinte proposição, que exemplifica com humor a problemática da normose:

"...Se eu disser que é comum uma pessoa usar voluntariamente um pedaço de tecido de cores berrantes amarrado ao pescoço, que atrapalha a livre circulação do sangue e impede os movimentos normais da cabeça, vão dizer que estou maluco, mas se eu disser que a pessoa está usando uma gravata, vão me achar absolutamente normal... é uma questão de linguagem...." Vamos experimentar refletir sobre a normose e suas implicações dentro de um contexto astrológico, pois a linguagem astrológica com sua riqueza e amplitude, permite muitas vezes uma compreensão clara de situações que envolvem nossa existência.

1- Existe, de uma maneira observável na maioria das pessoas do mundo atual, um tipo de expectativa de viver em um mundo perfeito.

O conceito de mundo perfeito é bastante subjetivo, mas algumas referências podem ser escolhidas como padrões razoáveis de perfeição. Por exemplo, aprendemos a entender a perfeição como um caminho que não contenha obstáculos, onde cada passo seja previsível, um caminho onde não tropecemos, onde as coisas funcionem exatamente como foi planejado, tudo no seu lugar exato, um lugar onde as pessoas são exatamente o que esperamos delas, e nós somos exatamente o que é esperado de nós.

Muitas vezes alguns astrólogos assim como seus clientes gostariam de acreditar que, através da astrologia, podem, além de controlar o destino, manter e sustentar este mundo perfeito, atribuindo significados definidos e definitivos para os símbolos planetários, praticando uma ciência exata que permita prever onde o próximo dente da engrenagem vai se encaixar, com o dia e hora exatos, se possível. Uma astrologia que permita endossar os padrões e reforçar a inércia comportamental, fazendo com que o cidadão se sinta absolutamente normal e integrado por ter o Sol em tal signo, possuir determinado signo no ascendente ou uma quadratura ou outro aspecto qualquer no mapa.

Com esse tipo de astrologia aparentemente fica mais difícil ter algum desconforto por sentir-se diferente, fica mais fácil justificar as mazelas, os desafios, as agruras do crescimento pessoal, e principalmente, torna-se possível nos sentirmos seres aceitáveis, alimentando assim, e facilitando nossa normose.

2- Um dos componentes estruturais da sustentação dessa doença chamada normose é a família, célula mãe da sociedade, base fundamental da composição aparente do mundo moderno. Dentro do padrão familiar esperado pelo normótico está contido o universo de seus relacionamentos afetivos, prática através da qual ele deve ser aceito também como uma pessoa normal.

Quando uma pessoa utiliza a expressão "é de família", como referencia de uma qualidade moral qualquer que o torne aceitável, ou quando um político sabe da necessidade de pertencer a uma família para ser eleito, estão se referindo à família normótica, aquele núcleo que tem como base de sua sobrevivência a submissão a um conceito de normalidade, de ser igual a todas as outras. A família é uma contingência da evolução do ser, um grupo necessário à procriação e proteção da prole, um lugar para se conviver com confiança e amor. Não é de forma alguma uma experiência negativa. O problema começa a surgir quando a necessidade de ser aceito por seguir um padrão de normalidade se torna mais importante que o sentimento que mantém aquelas pessoas unidas.

Para o normótico o conceito de família implica na "família perfeita", aquela que obedece todas as regras da sociedade sem questionar, geração após geração. Mudam as roupas, muda a música, atualizam-se alguns hábitos culturais, muda a sintaxe, mas papai, mamãe, filhinhos, continuam imutáveis enquanto forma, estática, standard. Isto é um mundo perfeito. Aqueles que se diferenciam do padrão familiar vigente são vistos como inimigos, ameaças à paz e bem estar da tradicional família seja lá de onde for. Cada vez que esta estrutura é ameaçada por crises econômicas ou questões coletivas, corremos para o horóscopo, convocamos o terapeuta, acessamos imediatamente todos os oráculos disponíveis, que num mundo perfeito, com as engrenagens certas e os parafusos nos lugares, tem que funcionar, e esperamos deles respostas para compreender o momento, e alimentar nossa necessidade de padrões. Existe uma prática astrológica conivente com a normose.

É aquela astrologia que descreve a pessoa dentro dos códigos dela, não propõe jamais uma mudança de paradigma, justifica tudo através da descrição acomodativa e deixa todo mundo satisfeito por ser como é.

Afirmações do tipo: "você é assim porque é de Virgem", ou "esse problema existe porque você tem uma quadratura de Marte", ou ainda "fica tranqüila que esse problema só existe porque vem de outra encarnação, é karmico!", são típicas dessa astrologia que não conduz ninguém à liberdade e à transformação pessoal, apenas mantendo o mundo exatamente como ele é há séculos, ou talvez milênios.

Esse tipo de uso da astrologia, tão bem aceito no mundo moderno, reforça hábitos considerados normais, como o consumismo, através de listas de presentes e compras, ou então salientando a necessidade de encontrar pessoas compatíveis com seu signo ou configuração astrológica, como é estabelecido pelo padrão normótico que diz que somos todos seres parciais que precisamos de outro para sermos completos. Essa astrologia é perfeitamente aceita pela mídia, é elegante, não incomoda, é simpática a manutenção de valores e padrões, acalma e acomoda, e faz o indivíduo se sentir normal e aceito dentro de suas limitações e das limitações culturais impostas a ele. O nível de exigência da pessoa se justifica pela simples descrição de seus gostos e hábitos. Tudo parece ser coerente e funcional, e dentro dessa coerência, fica fácil se sentir normal e aceito, sem ter que mudar muita coisa, sem ter que tomar nenhuma atitude ou abrir mão de nada para crescer.

3- Na natureza existe a perfeição. Todas as coisas são impecáveis em sua relação dinâmica natural. Cada besouro que se reproduz, cada folha que cai de uma árvore, os milhões de corpos microscópicos que nos habitam e interagem permanentemente, tudo mantendo e alimentando a dinâmica da vida, a dança da existência. A perfeição da natureza é o movimento, a perfeição está na própria transformação constante de tudo e todos. Existem infinitos ritmos, existe uma infinidade de movimentos possíveis, todos absolutamente integrados entre si, tudo interagindo dentro de uma coreografia tão perfeita que só pode ser denominada de Divina, pois está na maioria das vezes além da compreensão de nossa limitada capacidade descritiva. Essa constante transformação, essa mudança de forma e intensidade, faz com que cada pétala de flor, cada ameba, neurônio, ou célula perdida no espaço, se integrem, realizem seu papel, e a dinâmica desta realização (e desta perfeição) é o estado de permanente transformação.

O movimento dinâmico da natureza, quando interpretado através de símbolos e transformado em linguagem, é a própria astrologia, um estudo da coreografia da vida, uma compreensão razoável da dança da natureza e da integração entre todos os seres, animados e inanimados, como os imensos planetas em movimento, absolutamente harmoniosos com a totalidade da vida.

O estudo da sintaxe da natureza é chamado por nós de astrologia, e essa astrologia que parte da descontextualização do movimento natural só pode fazer sentido se aplicada ao ser em movimento que também se proponha a se libertar de um contexto antinatural e estático, moribundo, para se reintegrar à dança cósmica, a dança dos elétrons, dos átomos e das borboletas. Uma astrologia que se proponha a descrição mecânica e integradora do homem à normose é uma astrologia dedicada aos mortos e aos que desistiram de crescer e viver.

4 - Uma realidade social perfeita pretende ser estática, como propusemos acima.

Parece que quase ninguém quer abrir mão de seu "status quo", principalmente o familiar, para viver qualquer transformação que seu espírito esteja pedindo. Um astrólogo descritivo, daqueles que analisa minuciosamente o mapa, descreve impecavelmente cada aspecto, cada posição planetária, geralmente é bastante satisfatório para este grupo. Ele ajuda a manter o mundo perfeito absolutamente perfeito, porque se limita a descrever as coisas no nível de exigência do sujeito, e mesmo que ele se aprofunde ao máximo, ele aprofunda sempre a idéia de manutenção daquela perfeição...

5- Se a Natureza é perfeita porque se transforma continuamente, na própria mudança está a perfeição, e se este mundo, os núcleos sociais que mantém os padrões, os grupos que servem de base e modelo da estrutura da normose, são perfeitos porque nunca mudam (aumentam, mas não mudam em sua essência), surge um paradoxo, mas a natureza é simples e transparente, não aceita paradoxos, e vai fazer este mundo perfeito viver sua transformação, queiramos ou não, e como geralmente não queremos, criamos nossas couraças, até a astrologia formal é uma tremenda couraça, que tantas vezes justifica este mundo perfeito, mas aquilo que resiste à transformação imposta pela natureza, vai se transformar à revelia, e dai, em vez de crescer, deteriora, que a deterioração também é uma dinâmica transformadora da natureza.

Esse pensamento todo, parte da observação de tantas estruturas desmoronando sem uma explicação mais lógica. Usei a família como referencia do mundo perfeito por ver tantas famílias aparentemente equilibradas e harmoniosas se desfazerem sem um motivo aparente. Acreditamos que a insistência em ser e parecer normal, utilizando-se da rigidez e imutabilidade como fórmula de perfeição é uma das possíveis causas dessa desintegração, não apenas da família, mas do indivíduo, que gasta uma enormidade de sua energia vital querendo parecer normal, e se tornando apenas mais uma vítima dessa doença chamada normose.

O QUE A ASTROLOGIA PODE FAZER ENTÃO?

A problemática que se apresenta a partir do conceito de "normose" que foi apresentado acima é quanto à questão da objetividade e finalidade do trabalho astrológico. Será que é possível uma astrologia que não seja conivente com a necessidade de normalidade das pessoas? Uma astrologia que liberte, que mostre que existe o caminho do desapego e do crescimento pessoal? Na maior parte das vezes existe um acordo tácito e comum sobre o significado dos planetas, casas, signos, configurações.

Este significado é universal, e mesmo entre os mais eruditos estudiosos do simbolismo e os conhecimentos básicos do Almanaque Biotonico Fontoura, respeitando a distância do publico ao qual se dirigem, existem códigos essenciais comuns em sua interpretação dos símbolos astrológicos.

Existe uma sintaxe coerente e prática que pode ser decodificada em inúmeros níveis de compreensão, e graças a essa sintaxe, Áries, por exemplo, sempre estará ligado ao impulso original, e Saturno à estrutura, exatamente por representarem estágios perceptíveis na coreografia da natureza.

Sendo a maioria de nós, astrólogos e estudiosos do simbolismo, pessoas comprometidas com um sistema de valores ao qual estou chamando de "normótico" (ainda emprestando a palavra e o conceito adotados por Pierre Weil e Jean Ives Leloup), ou seja, pessoas preocupadas com a manutenção de seu status, de seu conforto, de seu padrão de vida, de seus valores, pessoas comprometidas com um paradigma cultural que implica na sobrevivência dentro deste universo de valores ocidentais, de valores capitalistas, de valores ligados à posse e à manutenção do "status quo", enfim, estando nós, intérpretes de símbolos, comprometidos com esta realidade "normótica", como poderíamos propor significados aos símbolos astrológicos que permitissem aos indivíduos se libertarem desta doença, se libertarem da necessidade de serem vistos como normais e aceitáveis, ou, "movidos o tempo todo pela necessidade pertencer à tribo", como citado pelo Professor Raul Varella sobre os conceitos do Dr. Muller. Enfim, como a astrologia sobre a qual falamos, esta astrologia que descreve personalidades, que antecipa eventos ou momentos na vida da pessoa, pode ser um instrumento de libertação da Normose, da necessidade de ser visto e aceito como normal? Será possível que a Astrologia nos auxilie a nos libertarmos dessa angustia tão moderna e presente? Será possível que a Astrologia nos permita resgatarmos a conexão com a dança da natureza, ingressarmos no movimento de todas as coisas e fluirmos juntos, em vez de sermos constrangidos a nos estagnarmos na imutabilidade exigida aos normais e previsíveis?

PENSAR E EXPERIMENTAR

A linguagem que denominamos Astrologia, como qualquer linguagem, permite um uso criativo. Podemos entender os símbolos dentro de uma proposta de manutenção e perpetuação de valores, justificando e endossando nossa provável normose, ou podemos traduzir esses símbolos como um instrumento para o crescimento e a libertação de qualquer coisa que nos oprima e represente um obstáculo para a evolução de nosso espírito. Podemos, se ousarmos pensar e experimentar para sairmos do lugar comum, atribuir um significado Normótico aos planetas, e também podemos fazer uma proposta de significado dentro de um novo paradigma. A experimentação e as novas propostas dentro da linguagem astrológica permitem que nos libertemos de uma sintaxe à qual estamos praticamente escravizados e se inicie o processo de elaboração de uma nova sintaxe, aquela que é coerente com o movimento natural das coisas e não com a estabilidade e conservação pura e simples. É importante observar que estas duas propostas não são excludentes, ambas são válidas, e integram-se ao indivíduo, ou alternam-se, mas digamos que, se quisermos nos libertar desta doença, a Normose, deveríamos nos concentrar no significado libertador do planeta, aquele que não nos vincula a um nível de exigência preso ao passado e à eterna conservação dos valores.

Seguem alguns exemplos de como podemos raciocinar novos paradigmas e significados para os símbolos astrológicos. São apenas exemplos produzidos pelo livre pensar da linguagem astrológica. Podem ser estendidos aos signos, aspectos e qualquer outra configuração astrológica. Experimentem, é bom saber que a linguagem astrológica nos permite essa liberdade.

SOL

(SN) (significado normótico)-

A individualidade, a Consciência em geral, a Vitalidade, o masculino.

(SNN) (Significado. Não Normótico) -

A Vontade Objetiva (capacidade de criar realidades e apagar as ilusões)

A Consciência de Si Mesmo e de nosso compromisso com o universo A capacidade de caminhar através da luz.

O Yang

LUA

SN-

O inconsciente, a família, o passado, a mãe, o feminino, a criança.

SNN-

A capacidade de se relacionar com o inconsciente A sombra a ser confrontada e absorvida A família que existe Dentro de nós, ou seja, a humanidade.

O fim da ilusão do passado. O resgate do passado e seu confronto, para não sermos mais vitimas ou escravos dele.

Os anticorpos psíquicos e a capacidade de não usá-los o

tempo todo pra nos

defendermos das mudanças.

o Yin

MERCÚRIO

SN-

Comunicação, discurso, respiração, sistema nervoso, DNA, etc.

SNN

Androginia, alteração dos códigos de compreensão do mundo, descrição de novas realidades.

A compreensão pelo sentimento, além do uso da razão.

VÊNUS

SN-

Amor, Afeto, Desejo, Atração, Relação, Posse

SNN-

Critérios do desejo

Padrões atômicos de compatibilidade. Critérios de escolha em todos os níveis, não apenas no afetivo.

Critérios estéticos.

Transformação do Apego em liberdade

MARTE

SN-

O corpo físico, o gesto, a luta, a sexualidade

SNN-

Atitude

Penetração nos mistérios

Identificação corporal com as energias da natureza

Consciência de ser agente da natureza


JÚPITER

SN -

Expansão social, legislação, moral, viagens

Filosofia, religião

SNN -

Leis naturais

Leis divinas

Re-ligare

Libertação moral


SATURNO

SN -

Estrutura social, rigidez, medo, limites

SNN -

Dissolução das estruturas

Rompimento dos limites

Base de apoio para o crescimento

Esses são apenas alguns exemplos, bastante simples. Podem ser ampliados, e podem ser acrescentados a eles os significados dos signos, das casas e dos aspectos. Aquilo que foi chamado provisoriamente de significado normótico é o significado tradicional dos símbolos planetários, e também pode ser imensamente ampliado.

Nenhum significado pode ser descartado, pois se não conhecermos as traduções dos símbolos que servem de agente de acomodação e estimulo à normose, não podemos questionar esses significados e encontrar caminhos para superá-los e sair da estagnação.

As interpretações "normóticas" dos planetas são na verdade variáveis dos significados universais dos planetas. A conotação "não normótica" é uma proposta de ação, de quebrar o vínculo estabilizador e justificador dos significados acomodativos atribuídos aos planetas. O que distingue um significado do outro é que o primeiro se presta a uma descrição da "personalidade", e a eventual compreensão de "porque eu sou assim ou assado".

O segundo, a proposta Não Normótica, sempre sugere uma atitude, um gesto, um confronto, um enfrentamento interno do que quer que estes planetas representem em nossa vida. E isto nos tira do imobilismo, da estagnação, da insistência em manter nosso nível de exigência a qualquer preço. Segundo Jean-Ives Leloup, a palavra Infelicidade vem do aramaico, onde significa IMOBILIDADE, paralisia, etc., e conseqüentemente a felicidade é sair da imobilidade, do conforto estagnado, e obedecer as palavras de Jesus para aquele defunto que ele ressuscitou, Lázaro, se não me engano (ou será que foi o paralítico que ele curou? xi.... não lembro mais):

"Levanta e Anda" ou seja, sai deste conformismo, para de manter o mundo dentro desta idéia de perfeição e se movimente, busca dentro de si mesmo a compreensão e os mecanismos que podem nos levar a transformação e a liberdade e ao fim da doença crônica da Normose, e então, só então, SEJA.

VaL
2001

Nenhum comentário:

Postar um comentário