No dia 13 de julho de 2009, Valdenir Benedetti deixou este mundo para viver entre as estrelas, talvez seu ambiente mais familiar. Porém aqui permanece imortalizado pela sua maneira de pensar e ensinar a astrologia. Muito amado por muitos, deixou uma marca indelével em seus alunos e em todos os astrólogos que com ele conviveram e que reconheceram nele um renovador da nossa arte de interpretar os céus. Como acontece a todos os que ousam transgredir, questionar e inovar, também teve lá seus desafetos, faz parte... Por sorte deixou inúmeros textos, alguns publicados outros não. Este blog foi criado para que todo o seu pensamento fosse acessível tanto aos que o conheceram quanto aos que, ao longo de seu aprendizado da Astrologia, com certeza dele ouvirão falar.



"Há pessoas que nos falam e nem escutamos, há pessoas que nos ferem e nem cicatrizes deixam, mas há pessoas que simplesmente aparecem em nossas vidase nos marcam para sempre."

Cecília Meireles







26.6.10

O SONHO DO PLANETA - por DON MIGUEL RUIZ

DOMESTICAÇÃO E SONHO DO PLANETA


Don Miguel Ruiz



O que você está vendo e ouvindo neste momento não passa de um sonho. Você está sonhando neste momento. Está sonhando com o cérebro acordado.

Sonhar é a principal função da mente, e os sonhos da mente duram vinte e quatro horas por dia. Sonhamos quando o cérebro está acordado e também sonhamos quando o cérebro es tá adormecido. A diferença é que quando o cérebro está acordado, existe uma moldura material que nos faz perceber as coisas de forma linear. Quando vamos dormir, não temos essa moldura, e o sonho possui a tendência de mudar constantemente.

Os seres humanos não estão sonhando o tempo todo. Antes que nascêssemos, os que existiam anteriormente a nós, criaram um grande sonho externo que denominamos sonho da sociedade ou * sonho do planeta * . O sonho do planeta é um sonho coletivo de bilhões de sonhos pessoais menores, que, juntos, formam o sonho de uma cidade, o sonho de um país, e, finalmente, o sonho de toda a humanidade.

O sonho do planeta inclui todas as regras da sociedade, suas crenças, suas leis, suas religiões, suas diferentes culturas e formas de ser, seus governantes, escolas, eventos sociais e feriados.

Nascemos com a capacidade de aprender como sonhar, e os seres humanos que viveram antes de nós nos ensinaram a sonhar da forma que a sociedade sonha. O sonho exterior possui tantas regras que, quando um novo ser humano nasce, captamos a atenção da criança e apresentamos as regras à mente dela. O sonho exterior usa Papai e Mamãe, as escolas e a religião para nos ensinar a sonhar.

A atenção é a capacidade que possuímos de discriminar e nos focalizar apenas no que desejamos perceber. Podemos perceber milhões de coisas ao mesmo tempo, mas, usando nossa atenção, podemos segurar qualquer delas no primeiro plano de nossa mente. Os adultos ao redor de nós capturaram nossa atenção e colocaram informações em nossas mentes mediante a repetição. Essa é a forma pela qual aprendemos tudo que sabemos.

Utilizando nossa atenção, aprendemos uma realidade inteira, um sonho inteiro. Aprendemos como nos comportar em sociedade, em que acreditar e em que não acreditar, o que é bom e o que é mau, o que é bonito e o que é feio, o que é certo e o que é errado. Tudo já estava lá - todo este conhecimento, todas as regras e conceitos sobre como comportar-se no mundo.

Quando você estava na escola, sentava-se numa cadeira pequena e colocava sua atenção no que o professor estava ensinando. Quando você ia à igreja, colocava sua atenção naquilo que o padre ou pastor dizia. É a mesma dinâmica com pais e mães, irmãos e irmãs: todos tentam capturar sua atenção.

Aprendemos também a capturar às atenções de outros seres humanos e desenvolvemos certa necessidade de atenção que pode se tornar extremamente competitiva. As crianças competem para Ter a atenção dos pais, dos professores, dos amigos. “Olhe para mim! Veja o que estou fazendo! Ei, estou aqui.” A necessidade de atenção se torna muito forte e continua pela vida adulta.

O sonho exterior captura nossa atenção e nos ensina em que acreditar, começando com a linguagem que utilizamos. A linguagem é o código para entendimento e a comunicação entre os seres humanos. Cada letra, cada palavra em cada linguagem é um acordo. Chamamos a isso de página de um livro; a palavra página é um acordo que entendemos. Uma vez que se compreenda o código, nossa atenção é capturada e a energia é transferida de uma pessoa para outra.

Não foi sua escolha falar português. Você não escolheu sua religião e valores morais - eles já existiam antes de você nascer. Nunca tivemos a oportunidade de escolher em que acreditar ou não acreditar. Nunca escolhemos nem ao menos o menor desses acordos. Não escolhemos ao menos nosso próprio nome.

Quando crianças, não tivemos oportunidade de escolher nossas crenças, mas ‘concordamos’ com a informação que nos foi passada sobre o sonho do planeta por intermédio de outros seres humanos. A única maneira de armazenar informações é por acordo. O sonho exterior pode captar nossa atenção, mas se não concordarmos, não armazenamos essa informação. Assim que concordamos, ‘acreditamos’, e isso é chamado de fé. Ter fé é acreditar incondicionalmente.

Foi assim que aprendemos quando crianças. Crianças acreditam em tudo o que os adultos dizem. Concordamos com eles, e nossa fé é tão forte que o sistema de fé controla todo o nosso sonho de vida. Não escolhemos essas crenças, e poderíamos nos Ter rebelado contra elas, mas não tivemos força suficiente para realizar essa rebelião. O resultado ceder às crenças com nosso ‘consentimento’.

Chamo este processo de a ‘domesticação de seres humanos’. E por intermédio desta domesticação aprendemos como viver e como sonhar. Na domesticação de seres humanos, a informação do sonho exterior é conduzida para o sonho interior, criando nosso sistema de crenças. Primeiro a criança aprende o nome das pessoas e das coisas: mamãe, papai, leite, garrafa. Dia a dia, em casa, na escola, na igreja e na televisão, nos dizem como viver, que tipo de comportamento é aceitável. O sonho exterior nos ensina a ser um ser humano. Temos um conceito completo sobre o que é uma “mulher” e o que é um “homem”.

Também aprendemos a julgar: julgamos a nós mesmos, julgamos as outras pessoas, julgamos os vizinhos.

As crianças são domesticadas da mesma forma que domesticamos um cão, um gato ou qualquer outro animal. Para ensinar um cachorro precisamos punir e dar recompensas a ele. Treinamos nossos filhos, aos quais amamos tanto, da mesma forma que treinamos qualquer animal doméstico: com um sistema de castigos e recompensas. Dizem-nos: “Você é um bom menino” ou “Você é uma boa menina” quando fazemos o que mamãe e papai querem que a gente faça. Quando isso não acontece, somos “meninos maus” ou “meninas más”.

Nas oportunidades em que fomos contra as regras, nos puniram; quando agimos de acordo com elas, ganhamos uma recompensa. Fomos castigados muitas vezes por dia e recompensados muitas vezes por dia. Logo ficamos com receio de sofrer o castigo e também com receio de não ganharmos a recompensa . A recompensa é a atenção que conseguimos de nossos pais ,ou de outras pessoas como irmãos, professores e amigos. Logo desenvolvemos necessidade de captar atenção de outras pessoas para conseguir a recompensa.

A recompensa provoca uma sensação boa, e continuamos fazendo o que os outros querem que a gente faça para obter a recompensa. Com medo de ser punidos e medo de não ganhar a recompensa , começamos a fingir ser o que não somos apenas para agradar aos outros, só para ser suficientemente bons para outras pessoas. Tentamos agradar a mamãe e papai, tentamos agradar aos professores na escola, tentamos agradar na igreja, e com isto começamos a representar. Fingimos ser o que não somos porque temos medo de ser rejeitados. O medo de sermos rejeitados torna-se o medo de não sermos suficientemente bons. Mais tarde, acabamos por nos tornar alguém que não somos. Tornamo-nos cópias das crenças de mamãe, das crenças de papai, das crenças da sociedade, das crenças religiosas.

Todas as nossas tendências normais são perdidas no processo da domesticação. E quando somos grandes o suficiente para que nossa mente compreenda, aprendemos a palavra ‘não’. Os adultos dizem “Não faça isto, não faça aquilo”. Nós nos rebelamos e dizemos “Não!”. Rebelamo-nos porque estamos defendendo nossa liberdade. Queremos ser nós mesmos, mas somos pouco, e os adultos são grandes e fortes. Depois de um certo tempo, ficamos com medo porque sabemos que todas as vezes em que fizermos algo errado, seremos castigados.

A domesticação é tão forte que num ponto determinado de nossa vida não precisamos mais que ninguém nos domestique. Não precisamos da mamãe ou do papai, da escola ou da Igreja para nos domesticar. Somos tão bem treinados que passamos a ser nosso próprio treinador.

Somos um animal autodomesticado. Agora podemos domesticar a nós mesmos de acordo com a mesma crença no sistema que nos forneceram, usando as mesmas técnicas de punição e recompensa. Punimos a nós mesmos quando não seguimos as regras de acordo com nosso sistema de crenças; recompensamos a nos mesmos quando somos “bonzinhos” ou “boazinhas”.

O sistema de crenças é como o Livro da Lei que regula nossa mente. Sem questionar, o que estiver escrito no Livro da Lei é nossa verdade. Baseamos todos os nossos julgamentos segundo o Livro da Lei, mesmo que esses julgamentos e opiniões venham contra nossa própria natureza. Mesmo leis morais como os Dez Mandamentos são programadas em nossas mentes no processo de domesticação. Um a um, todos esses compromissos passam a constar no Livro da Lei, e esses compromissos regem nosso sonho.

Existe algo em nossa mente que julga a tudo e a todos, incluindo o tempo, o cão, o gato... tudo. O Juiz interno usa o que está escrito no Livro da Lei para julgar o que fazemos e o que não fazemos, o que pensamos e o que deixamos de pensar, mais tudo o que sentimos e deixamos de sentir. Tudo vive sob a tirania deste Juiz. Todas as vezes que fazemos alguma coisa que vai contra o Livro da Lei, o Juiz diz que somos culpados, que precisamos ser punidos e que deveríamos nos envergonhar. Isso acontece muitas vezes por dia, dia após dia, ao longo de todos os anos em que vivermos.

Existe outra parte de nós que recebe os julgamentos, e essa parte chama-se: a Vítima. A Vítima carrega a culpa, a responsabilidade e a vergonha. É a parte de nós que diz: “Sim, você não é bom o suficiente”. E tudo isso é baseado num sistema de crenças que não chegamos a escolher. Essas crenças são tão fortes que mesmo anos mais tarde, depois que fomos expostos a novos conceitos e tentamos tomar nossas próprias decisões, descobrimos que essas crenças ainda controlam nossas vidas.

O que quer que vá contra o Livro da Lei irá fazer você experimentar uma sensação estranha no plexo solar, que é chamada medo. Quebrar as regras do Livro da Lei abre seus ferimentos emocionais, e sua reação cria veneno emocional. Porque tudo que está no Livro da Lei tem de ser verdade, qualquer coisa que desafie aquilo em que você acredita irá produzir uma sensação de insegurança. Mesmo que o Livro da Lei esteja errado, ele faz com que você se sinta seguro.

É por isso que precisamos de um bocado de coragem para desafiar nossas próprias crenças. Ainda que saibamos não haver escolhido nenhuma dessas crenças, também é verdade que terminamos por concordar com todas elas. A concordância é tão forte que mesmo que a gente entenda o conceito de que não são nossas verdades, sentimos a culpa e a vergonha que ocorrem se formos contra essas regras.

Assim como o governo possui o Livro de Leis que regula o sonho da sociedade, o nosso sistema de crenças possui o Livro da Lei, que regulamenta nosso sonho pessoal. Todas essas leis existem em nossa mente, acreditamos nelas, e o Juiz dentro de nós baseia tudo nessas regras. O Juiz decreta e a Vítima sofre a culpa e o castigo. Mas quem disse que existe justiça neste sonho? A verdadeira justiça é pagar uma vez por cada erro. A injustiça verdadeira é pagar mais de uma vez por cada erro.

Quantas vezes pagamos por um erro? A resposta é: milhares de vezes. O ser humano é o único animal na Terra que paga milhares de vezes pelo mesmo erro. O resto dos animais paga apenas uma vez pelo erro cometido. Não nós. Temos uma memória poderosa. Cometemos um erro, julgamos a nós mesmos, descobrimos que somos culpados e castigamos a nós mesmos. Se a justiça existe, então foi o suficiente; não precisamos nos castigar outra vez. Mas cada vez que lembramos, julgamos a nós mesmos outra vez, nos declaramos culpados outra vez e punimos a nós mesmos outra vez, e outra, e outra ainda. Se tivermos uma esposa ou marido, ela ou ele também ajudarão a lembrar de nosso erro, de forma que nos julgamos, condenamos e castigamos ainda outras vezes. É justo isso?

Quantas vezes fazemos nosso cônjuge, nossos filhos e nossos pais pagar pelo mesmo erro? A cada vez que lembramos um erro, culpamos a eles novamente e enviamos todo o veneno emocional produzido pela injustiça, depois fazemos com que eles paguem outra vez pelo mesmo erro. Isso é justiça? O Juiz na mente está errado porque o sistema de crenças, o Livro da Lei, está errado. Todo o sonho é baseado em leis falsas. Noventa e cinco por cento das crenças que temos armazenadas em nossas mentes não passam de mentiras, e sofremos porque acreditamos nessas mentiras.

No sonho do planeta, é normal que os seres humanos sofram, vivam com medo e criem dramas emocionais. O sonho exterior não é agradável; é um sonho violento, um sonho de medo, um sonho de guerra, um sonho de injustiça. O sonho pessoal dos seres humanos pode variar, mas de forma global, geralmente é um pesadelo. Se observarmos a sociedade humana, encontramos um lugar muito difícil de viver porque é regido pelo medo. Através do mundo, vemos os seres humanos a sofrer, sentir raiva, vingar-se, viciar-se e provocar violência nas ruas, gerando uma tremenda quantidade de injustiça. Pode existir em níveis diferentes em vários países ao redor do mundo, mas o medo controla nosso sonho exterior.

Se compararmos o sonho da sociedade humana com a descrição do inferno fornecida por quase todas as religiões do mundo, descobrimos que são a mesma coisa. As religiões dizem que o inferno é um local de punição, de medo, dor e sofrimento, um lugar onde o fogo queima a gente. O fogo é gerado por emoções que vêm do medo. Sempre que sentimos raiva, ciúme, inveja ou ódio, experimentamos um tipo de fogo queimando em nosso interior. Estamos vivendo um sonho do inferno. Se você considera o inferno um estado de espírito, então ele se encontra ao nosso redor.

Os outros podem nos prevenir de que se não fizermos o que eles dizem que devemos fazer, iremos para o inferno. Más notícias! Já estamos no inferno, incluindo as pessoas que nos disseram isso. Nenhum ser humano pode condenar o outro ao inferno porque já estamos nele. É verdade que outros podem nos colocar num inferno ainda mais profundo. Mas apenas se nós permitirmos que isto aconteça.

Cada ser humano possui o seu sonho pessoal, e assim como o sonho da sociedade, geralmente é regido pelo medo. Aprendemos a sonhar o inferno em nossa própria vida, em nosso sonho pessoal. Os mesmo medos se manifestam de formas diferentes para cada pessoa, claro, mas experimentamos a raiva, o ciúme, o ódio, a inveja e outras emoções negativas. Nosso sonho pessoal também pode se tornar um pesadelo constante, onde sofremos e vivemos em estado de medo. Porém, não temos necessidade de sonhar um pesadelo. É possível fabricar um sonho agradável.

Toda a humanidade busca a verdade, a justiça e a beleza. Estamos numa busca eterna pela verdade porque apenas acreditamos nas mentiras que possuímos armazenadas na mente. Estamos procurando justiça porque no sistema de crenças que adotamos não existe justiça. Procuramos pela beleza porque, não importa quão bela é a pessoa, não acreditamos que essa pessoa tenha beleza. Continuamos procurando sem parar, quando tudo já está em nosso interior. Não existe verdade a encontrar. Sempre que voltamos nossas cabeças, o que vemos é a verdade, mas com os compromisso e crenças que temos na mente, não temos olhos para enxergar essa verdade.

Não enxergamos a verdade porque somo cegos. O que nos cega são as crenças falsas que temos em nossas mentes. Temos a necessidade de estar certos e de tornar os outros errados. Confiamos no que acreditamos, e nossas crenças nos predispõem ao sofrimento. É como se vivêssemos no meio de um nevoeiro que não permite enxergar um palmo além do nariz. Vivemos num nevoeiro que nem ao menos é real. Esse nevoeiro é um sonho, seu sonho pessoal da vida - aquilo que você acredita, todos os conceitos que possui sobre quem você é, todos os compromisso que assumiu com os outros, com você mesmo e até com Deus.

Toda a sua mente é um nevoeiro que os toltecas chamam de mitote. Sua mente é um sonho em que mil pessoas conversam ao mesmo tempo, e ninguém entende o outro. Essa é a condição da mente humana - um grande mitote, e com esse grande mitote você não consegue enxergar o que realmente é. Na Índia eles chamam o mitote de maya, o que significa “ilusão”. É a noção pessoal do “eu sou”. Tudo em que você acredita sobre si mesmo, sobre o mundo, todos os conceitos e programa que você tem na mente, todos formam o mitote. Não conseguimos ver quem realmente somos; não conseguimos perceber que não somos livres.

Por isso, os seres humanos resistem à vida. Estar vivo é o maior medo que os homens possuem. A morte não é o maior medo que temos; nosso maior medo é assumir o risco de estar vivo - o risco de estar vivo e expressar o que somos na realidade. Simplesmente sermos nós mesmos é o maior medo dos seres humanos. Aprendemos a viver nossa vida tentando satisfazer as exigências de outras pessoas. Aprendemos a viver pelos pontos de vista de outras pessoas, por causa do medo de não sermos aceito e de não sermos bons o suficiente para outras pessoas.

Durante o processo da domesticação, formamos uma imagem do que é a perfeição para tentarmos ser bons o suficiente. Criamos uma imagem de como devemos ser para sermos aceitos por todos. Especialmente tentamos agradar aos que nos amam, como mamãe e papai, irmãos e irmãs maiores, os sacerdotes e os professores. Tentando ser bons para eles, criamos uma imagem de perfeição, mas não nos encaixamos nessa imagem. Criamos essa imagem, mas essa imagem não é real. Nunca iremos ser perfeitos sob este ponto de vista. Nunca! Não sendo perfeitos, rejeitamos a nós mesmos. E o nível de auto-rejeição depende de quão efetivos foram os adultos ao quebrar nossa integridade.

Depois da domesticação, não se trata mais de sermos bons o suficiente para as outras pessoas. Não podemos perdoar a nós mesmos por não sermos o que desejamos ser, ou melhor, o que acreditamos que desejamos ser. Não podemos perdoar a nós mesmos por não sermos perfeitos.

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